quarta-feira, 24 de setembro de 2014
Na palma da mão direita do homem que folheia nessa Londres o jornal com as teclas dos olhos
As "criaturas da noite",
("o povo do vento da meia-noite"),
habitantes da "barca do sol"
e do branco levedo
que inunda o nosso negro enlace, (ao norte da pirâmide
formada por nossos nomes),
movem as chaves
da elétrica sombra,
até não haver mais dia,
até não haver mais noite
E no denso poema
de pássaros escritores...
e no denso poema
de movediças vermelhas areias...
tua voz mais que aguda,
mais que grave,
toca no tímpano,
na palma da mão direita do homem que folheia nessa Londres
o jornal com as teclas dos olhos
( edu planchêz )
terça-feira, 16 de setembro de 2014
Mãos de tochas
Os caminhos estão abertos
Mãos de tochas,
mãos de puro fogo
Anel protetor feito de tochas,
de corpos de arte,
de corpos celestiais
Na mitologia do fogo,
entram os que queimam
em nome dos que não tem nome
Refaço o caminho de volta
patinando pelas cinzas,
pelos muitos sons
formados pelo cruzar
dos raios...
que ora descobrimos
Cidade do sono, do sonho,
da matéria pessoas,
dos aviões que fazem sombra
sobre os trens
Cercado de tochas vermelhas,
de espíritos plantas,
de cilindros invisíveis,
cinturões de estrelas
cor de estrelas,
costuradas nos cílios
com canções ancestrais
Esse é o espaço movido
por mim e por você no extremo,
no limite do amor sem limite
nas volumosas ondas
Cavalo marinho, flor de madeira,
pássaro de terra e água
( edu planchêz )
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