quinta-feira, 2 de outubro de 2014

TIGELA




Grandes poemas foram escritos,
isso aqui não é um grande poema,
apenas uma...porta,(?)

o Menestrel...Vento?

Preso a nada,
ligado a tudo,
assim penso,
assim contra e a favor
do que tinge minha face,
os ventos prosseguem
alisando os que se aventuram
aos ventos


Dizei, homo sapiens que há em mim,
o prazer de orbitar no escuro

De Mali, se erga dos charcos,
as salamandras,
das pedras, as figuras,
o de sempre,
o de nunca,
o matrimônio
que meu ventre sempre experimenta


Que seja, esse, 
o artigo exposto na vitrine,
a tigela que caiba nossa janta


Alvaro de Campos,
o Oriente do Oriente do Oriente,
o Oriente...
 

Um minúsculo louva-a-deus,
esteve cá na branca meia,
esteve ele na chuva,
voltaste por minhas mãos a ela

E na nova noite de sono,
me gusta de sob o canto dos sapos,
reunir-me com outros reinos
mergulhados na salmoura,
há de vir de cada criatura
do cloreto de sódio,
o desenho que todos procuram


( edu planchêz ) 
 Itaipú, RJ, 01-10-2014

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