quarta-feira, 5 de novembro de 2014

PENSANDO




Quisera poesia, 
nesse agora, chorar, 
está tudo tão travado aqui, 
e esses fios desencapados, 
e essas cordas 
de sentimentos que-bra-dos...

Fio de luz azul, fio de luz azul...
que me trouxe para essa esfera 
de morte e vida, de vida e vida 
Fio de luz azul! 

Os meus lares, os meus pares, 
as firmes consciências do que sou 
e do que não sou, 
as trêmulas consciências 
do que não percebo, 
do que não vejo

Esse poema não é o fim, 
e é o fim, 
a frase que dormita nos calices, 
nas águas de minha própria beleza, 
de minha sagrada feiura 

Se até agora ainda não disse tudo, 
também não disse nada


( edu planchêz )

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